Minha cabeça é um vulcão. Quase em erupção. Milhares de letrinhas flutuando, um universo de cores, palavras, verbos e conjunções. Todos os sentidos, sem fazer o menor sentido.
Minha cabeça é um ambulância parada no trânsito. Ela tem pressa. Ela grita.
Ela é um carro desgovernado. Ela atropela, passa por cima dos assuntos, das hipóteses, dos argumentos e de todas as conjecturas.
Minha cabeça é moradia dos loucos e dos caretas. Dos cegos, dos lunáticos, dos mortais.
Minha cabeça não descansa. Ela não dorme. A danada quase pensa que é gente. Ela quase não tem certeza de nada. Ela quase um dia morre. Ela quase. Ela.
|
I'm an island of such great complexity |